sexta-feira, 17 de julho de 2015

Freio



    É como um aperto no freio de uma bicicleta. A ação é exposta ao medo. É barrada pelo negativismo. Uma travada instintiva de como apertar um freio de uma bicicleta mesmo sem haver necessidade. Aperto este freio constantemente. As vezes tento andar sem as mãos na bicicleta, mas volto e ponho novamente a mão no guidom. O medo é o que nos trava. O freio é o que nos molda. 
     Foram muitas vezes que parei em um movimento, muitas vezes me deixei levar com o momento e as pessoas.  Travei. As vezes... Tentei. Às vezes senti a raiva nos olhos e nos gestos das pessoas a minha volta por esta travada. É complicado afirma isso, mas cada treino é como um treino de um iniciante. Eu aprendo algo novo todos os dias. Esta fazendo seis anos que treino Parkour, e o que mais tento fazer são movimentos técnicos, simples, que venha facilitar em meu deslocamento. Já me incentivaram muito a antes eu treinar físico e depois movimentos do Parkour. Bom, todo concelho é ótimo para quem tem a mente de um iniciante, quem estuda todos os dias apesar da experiencia e dos anos de pratica.
   Aquela precisão de 10 pés que deixei de fazer por uma barreira chamado medo, ou melhor, freio. Uma precisão com o mesmo ângulo, porém, com uma altura de 2 metros e alguns centímetros. Eu travei. O freio instintivo da minha mente que me fez regredir na ação. Acontece comigo e pode acontecer com qualquer pessoa...  Afeta de varias maneiras. Eu sei que faria aquela precisão tranquilamente. Mas o pessimismo de que... Ah vai dá errado, posso escorregar, vou bater a canela... Sempre tive isso. O tanto que meu progresso com os movimentos no Parkour foi muito lento. Geralmente, um iniciante no Parkour em seis meses treinando regularmente, já consegue fazer movimentos absurdos a que venha encantar aquele praticante que tem dois, três ou mais anos de pratica. Isso varia muito da dedicação do praticante. 
   Em outra situação, um lugar mais alto, um mês depois da travada de movimento, encarei uma precisão de decida. Depois de muita insistência do meu amigo, confiei em meu corpo e fiz a precisão. Isto foi ano passado. Tem um ano que não vejo estes dois lugares. Eu aprendi nestes dois lugares, que se tu ainda não confias no teu corpo, é melhor não fazer tal movimento. Mas se tu tens a certeza de que  consegue, vá em frente. A travada é um exemplo de superação, que eu posso vencer aquela barreira, aquele limite. E este trauma é mais uma meta de querer voltar ao lugar que parei no movimento e fazer depois. É um gosto que só termina quando tu vences o medo.
   A nossa mente é o grande freio. Ela que trava nossa perna, nossos braços e que faz tremer as mãos na hora do medo. Desenvolvi este freio instintivamente, como o apertar no guidom da bicicleta. Ela também nos molda na hora exata de não fazer a coisa errada. Ai que evoluímos e crescemos como pessoas. Se auto superando. Isso é Parkour. Meu percurso sou eu que faço. Cada um tem seu modo e seu percurso. 
   Imagino em qualquer precisão de lugar alto, a precisão que travei. Imagino em lugar baixo como posso superar. E quando eu voltar naquele lugar irei fazer a precisão com tanta vontade e otimismo. O treino inicial de qualquer ser humano para mover-se é acreditar que consegue fazer tal ação. Há medo e vontade trabalhando de forma conjunta. Sou um pessimista, mas tento quebra tabus, nem que seja de forma lenta, mas tento.


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